Assistindo ontem ao "Got Talent Brasil", programa da Record, apresentado pelo Rafael Cortez, fiquei surpreso com a atração. Acompanho o programa desda a sua estreia e confesso que ontem foi o melhor de todos. Realmente o programa mostrou grandes talentos. Fiquei encantado com Viviane e Luiz Claudio, dupla de dançarinos que foi aplaudida de pé pelo público. Viviane é uma cadeirante e mostrou muita simpatia e sincronismo. Uma equipe de Santa Catarina mostrou um número bastante criativo, o Grupo Millenium fez uma apresentação surpreendente, com os integrantes (homens) de salto alto. Hilário! O que dizer então de Gabriel, um menino de apenas 14 anos, mas que exibiu movimentos impressionantes de contorcionismo. O objetivo dele é chegar no Cirque Du Soleil.
Claro que o programa não teve apenas grande apresentações, teve aquelas que sempre têm. Números sem graça, palhaçadas, mas algumas até conseguem tirar boas gargalhas da plateia, dos jurados e dos telespectadores. Teve um que não sabe nada de inglês, mas que cantou, ou melhor, fez um "embromation" da música "We Are The World".. teve também a vovó do funk.
Houve números "mais ou menos", como o da Equipe Alto Giro, que apresentou manobras sobre duas rodas, entre muitos outros...
Porém, o programa deixa à desejar em muitos aspectos. Houve apresentações que mereciam destaque, mas que a produção preferiu mostrar apenas uns fleshs, de pouquíssimos segundos e os "SIM" dos jurados. Mas tem que me intriga demais, o
cenário do programa. Aquele palco está sem vida, o painel que fica no fundo não ficou legal. Aquilo é algo para ser usado na área externa, e olhe lá. Fico impressionado como que uma emissora possa investir milhões em uma atração, como por exemplo "José do Egito", mas que não dá a devida atenção para um programa que tinha tudo para ser um grande sucesso. Sim, eu disse TINHA, porque a audiência já foi perdida. Não são apenas as apresentações que vão atrair o público, é a escolhas dos jurados, do apresentador, o cenário. Algumas apresentações ficariam ainda melhores se o cenário ajudasse, mas...
Que a Record não soube escolher seus jurados, todos sabem desde antes da estréia do programa. A emissora tem que pensar em nomes que atraem o público, que o faça pensar: "Nossa, tal pessoa vai ser um dos jurados do Got Talent...". Sidney Magal não tem esse carisma, ele até é legal, mas não se enquadra no perfil do programa. Agora, me digam, quem é Daniella Cicarelli para julgar algum talento, ela pode até ser uma apresentadora (????), mas não serve como jurada. O Milton Cunha tenta ser uma espécie de Marco Camargo, o durão e tal... É o melhorzinho dentre os três. Mas em uma coisa a Record acertou, na escolha do apresentador. Confesso que fiquei com dúvida quando fiquei sabendo que o Rafael Cortez iria comandar o programa, mas se mostrou ser um grande profissional. Não é qualquer um que deixa de ser o centro das atenções para dar espaços para outros, e esse o objetivo do programa. A função do Cortez é ficar atrás do palco, apresentando ao pessoal de casa o próximo candidato, mas claro não podendo deixar de fazer suas palhaçadas, afinal de contas, ele é um humorista.
Em relação ao cenário, fica evidente que a Record tem muito no que melhorar. Se for comparar com a versão britânica, este vence com folga... O cenário tem vida, dá prazer assistir, agora esse da Record não, um painel parado atras do palco e um "X" no meio, também não gostei da iluminação. É sem graça, isso afasta o público. Sem falar que a versão britânica mostra números bem superiores, o que dizer de Susan Boyle...
Espero que a emissora aprenda com erros (e muitos) cometidos neste primeiro programa e que na próxima edição do ano que vem, possamos ver um programa de qualidade e que sim, venha brigar por audiência... Esse deixou a desejar e por isso ganha o meu NÃO...
Deixarei aqui alguns vídeos do "Got Talet Brasil" e alguns da versão britânica para que possa ser feita, por vocês, uma comparação, se é que é possível comparar... Acessando o YouTube vocês podem conferir outras apresentações do "Britains's Got Talent", inclusive da Susan Boyle.
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